sábado, 6 de novembro de 2010

Cosmologia vicentina

Falarei sobre um erro teológico na reconhecida obra do dramaturgo português Gil Vicente, sua trilogia dos Autos da Barca do Inferno, Barca do Purgatório e Barca da Glória [aos que não sabem, auto é um subgênero dramático, tendo a moral em ênfase em seu texto e personagens alegóricas].

Nessa peça, a alma quando morre é julgada pelo Diabo e um anjo do Senhor. A forma qual as personagens são julgadas é algo maravilhosamente engraçado ... São pelos seus atos dentro da profissão que a pessoa exercia em vida. [Se fosse assim, desempregado viraria alma penada ou virava imortal]

Um julgamento dentro de uma profissão seria muito fácil para alguém ser salvo (ou não!), como uma prostituta por exemplo que passaria a ir pro Céu só "porque fez homens se sentirem satisfeitos e contentes".

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