sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

שנה טובה

O tema da postagem é um desejo de feliz ano novo em hebraico, que tem haver com o tema dessa última postagem de 2010.

O Rosh Hashaná (ראש השנה , literalmente "cabeça do ano") nome dado ao ano-novo no judaísmo. Dentro da tradição rabínica, o Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tishrei, sétimo mês no calendário hebraico.

É um dia de descanço; a passagem de um ano para o outro; um dia merecedor de ser comemorado. Levítico 23:24 diz a respeito: "Diga também aos israelitas: No primeiro dia do sétimo mês vocês terão um dia de descanso, uma reunião sagrada, celebrada com toques de trombeta."
Já a literatura rabínica diz que foi neste dia que Adão e Eva foram criados e neste mesmo dia incorreram em erro ao tomar da árvore da ciência do bem e do mal. Também teria sido neste dia que Caim teria matado seu irmão Abel. Por isto considera-se este dia como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de instrospecção e meditação de dez dias ( Yamim Noraim) que culminará no Yom Kipur, um período no qual se crê que o Criador julga os homens.

Nós, seguidores do calendário gregoriano, estamos terminando 2010 e indo começar 2011. Os judeus farão isso em setembro do nosso calendário, entretanto, terminando o ano de 5771 e começando o ano de 5772.

Feliz ano novo, leitores! Janeiro virei cheio de gás para postar matérias interessantes!

Santiago Matamouros

O apóstolo Tiago, filho de Zebedeu (conhecido também como Tiago Maior) torna-se um santo no catolicismo [também na igreja ortodoxa e anglicana], conhecido popularmente como São Tiago ou Santiago de Compostela.

Uma alcunha bastante interessante que ele teve como santo é a de "Santiago Mata-Mouros".

De acordo com outras tradições, Santiago teria aparecido miraculosamente em vários combates travados em Espanha durante a Reconquista [episódio da história portuguesa e espanhola qual ambos Portugual e Espanhal guerrearam para expulsar os muçulmanos da Península Ibérica] - Batalha de Clavijo, em 844 - sendo a partir de então apelidado de Matamoros (Mata-Mouros). "Santiago y cierra España" foi desde então o grito de guerra dos exércitos espanhóis. Santiago foi também protetor do exército Português até à crise de 1383-1385, altura em que o seu brado foi substituído, oficialmente, pelo de São Jorge. Na prática os soldados portugueses continuaram a invocar Santiago nos seus combates, tal como facilmente se pode verificar, por exemplo, lendo as descrições das Decadas da Ásia, de João de Barros.

Miguel de Cervantes registrou em Don Quixote de la Mancha que, Santiago Mata-Mouros é um dos mais valorosos santos e cavaleiros que o mundo alguma vez teve; foi dado a Espanha por Deus, como seu patrono e para sua protecção. Vale lembrar que até hoje este santo é o considerado patrono da Espanha.
Se tornou um ícone religioso importante pros espanhóis devido ao fato de começar à ser celebrado na Reconquista, que foi uma época crucial para a formação da Espanha como país.


Urim e Tumim


Eram um par de pedras que os antigos israelitas usavam para adivinhação. A proibição de Deus para com o uso da adivinhação era claro, entretanto, o uso do urim e tumim era a única forma de divinação qual era permitida. Entretanto, seu uso era apenas para prever questões relativas ao futuro de Israel (Assim como confirma Êxodo 28:30, que diz o seguinte: "Ponha também o Urim e o Tumim no peitoral das decisões, para que estejam sobre o coração de Arão sempre que ele entrar na presença do Senhor. Assim, Arão levará sempre sobre o coração, na presença do Senhor, os meios para tomar decisões em Israel.")

De acordo com a visão judaica, o Urim e Tumim remonta ao Sumo Sacerdote de Israel. A placa peitoral que utilizava era dobrada ao meio, formando um bolso onde ficava um pergaminho contendo o nome de Deus. Este nome fazia com que certas letras gravadas sobre as pedras preciosas acendessem de acordo com as questões perguntadas. Aquele que desejava uma resposta (apenas questões de relevância dentro da comunidade israelita poderiam ser perguntadas) ia ao sumo sacerdote . Este virava-se para a arca da aliança, e o inquiridor de pé atrás do Sumo-Sacerdote fazia a pergunta em voz baixa. O sumo sacerdote, olhando para as letras que se acendiam, era inspirado para decifrar a resposta de Deus. Estes utensílios foram utilizados até a destruição do Primeiro Templo [o de Salomão], quando pararam de funcionar.

Geralmente os cristãos crêem que Urim e Tumim fossem duas pedras colocadas no peitoral do Sumo Sacerdote de Israel, contendo em uma face resposta positiva e em outro resposta negativa. Fazendo-se a pergunta, jogavam-se as pedras, e de acordo com os lados que caissem era confirmado uma resposta negativa, positiva ou sem resultados.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias crê que Urim e Tumim sejam duas pedras presas em um arco de ouro , o qual o profeta Joseph Smith Jr utilizou para decifrar e traduzir o texto do Livro de Mórmon.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Significado do Natal


O natal é comemorado como sendo aniversário de Jesus Cristo de Nazaré, e é uma das celebrações mais importantes para os cristãos. É comemorado anualmente, n odia 25 de dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro). Entretando, essa data não é de fato aniversário de Cristo, sendo escolhida para corresponder com o solstício de inverno [do hemisfério norte]. O solstício de inverno era celebrado pelos pagãos [de fato, vários elementos natalinos possuem influências pagãs] , e a "mudança" do aniversário de Jesus para esse dia foi para que os pagãos não ficassem tão "chocados" com a conversão, se adaptando mais fácil ao cristianismo, fazendo com que dias que celebravam ainda fossem comemorados.





Entretanto, comemorar o natal nesta época do ano é algo antigo na tradição da nossa cultura, remontando a época da Roma cristã.

À figura mitológica do Papai Noel, o bom velhinho que presenteia as crianças, é inspirada numa pessoa que realmente existiu, o santo Nicolau de Mira.
Entretanto, o Papai Noel "nasceu" na Finlândia. Umas das afirmações de sua figura ter se originado lá é a lenda dele morar no Pólo Norte, e o extremo norte finlandês é parte do Pólo Norte. O Papai Noel entrar nas casas pelas chaminés também, pois os antigos lapões viviam em pequenas tendas, semelhantes a iglus, que eram cobertas com pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.
Seu atual visual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo, tendo, em vez do gorro vermelho, uma mitra episcopal.
É amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável por criar o atual visual do Papai Noel ou Pai Natal (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), mas é historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha foi o cartunista alemão Thomas Nast.
As árvores de natal tem uma origem interessante ... Nas vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam pinheiros, levavam para seus lares e os enfeitavam de forma muito semelhante ao que faz nas atuais árvores de Natal.
No início do século XVIII, o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com essa crença pagã que havia na Turíngia, para onde fora como missionário. Com um machado cortou um pinheiro sagrado que os locais adoravam no alto de um monte. Como teve insucesso na erradicação da crença, decidiu associar o formato triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia aí a Árvore de Natal.
Há outras versões, porém, a moderna árvore de natal teria realmente surgido na Alemanha entre os século XVI e XVIII. Não se sabe exatamente em qual cidade ela tenha surgido. Durante o século XIX a prática foi levada para outros países europeus e para os Estados Unidos. Apenas no século XX essa tradição chegou à América Latina.
A véspera de natal se comemora no dia 24 de dezembro, que é um dia normal que antecede o dia mais importante dos que acreditam em Jesus Cristo. Apesar disso, muitas pessoas celebram as suas ceias de Natal neste dia.
A Igreja Católica adota as antigas tradições de considerar a véspera de uma festa como o momento mais importante da celebração. Isso porque, nas antigas tradições, o novo dia começava com o por do sol, ou seja, a noite da véspera já era o dia da festa. Por isso a Vigília do Natal tem a missa mais solene deste período.
É uma das festas mais comemoradas do mundo, e mesmo muitos países não-cristãos o comemoram. Além de tudo, é uma das épocas mais movimentadas para a economia.
Holy Office deseja à todos um feliz natal!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Identidade

O que te faz ser você? Seu RG? Carteira de habilitação, motorista, de trabalho? Se você perder um documento você perde sua identidade? Se alguém roubar a sua identidade [a material, um documento], você deixa de ser você? Acredito que a verdadeira identidade de uma pessoa não consiste em tais informações. Números de identificação, sejam dados pelo governo ou por instituições financeiras, não determinam quem somos. São, na verdade, apenas uma maneira impessoal de distinguir uma pessoa de outra. O que é exatamente que me identifica?

É o meu nome? São informações históricas distintas como a data do meu nascimento ou a minha idade? Muitas vezes nos identificamos nos referindo a relacionamentos pessoais e dados particulares.

Por exemplo, você saberia que eu conto a verdade e que a minha palavra é tão boa quanto um juramento (Efésios 4:25). Você entenderia que eu não roubaria nada de ninguém (Efésios 4:28).Você esperaria que eu levasse as minhas responsabilidades familiares a sério (Efésios 5:25, 6:2,4). Você esperaria que minha linguagem estivesse livre de profanidade e piadas vulgares (Efésios 5:4). Você procuraria boas obras na minha vida (Efésios 2:10).

Um ladrão pode pegar minha habilitação ou RG na tentativa de “assumir a minha identidade” e invadir meus bens financeiros. Fofoqueiros podem roubar minha boa reputação ao contar mentiras sobre a minha conduta e podem até afetar os meus relacionamentos com as pessoas. No entanto, meu caráter e minha personalidade determinam quem sou, a minha identidade, e não estão sujeitos a roubo. Posso entregar o meu bom caráter ao mudar meu estilo de vida, mas ninguém pode “roubá-lo” de mim.

O mundo tenta roubar sua identidade de várias formas, a modelar, te fazer ser o que você não é ou o que querem que seja.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O direito sacerdotal dos Caifás


Creio que uma das figuras mais polêmicas do Novo Testamento é a do Sumo Sacerdote Caifás, neste resumo abaixo poderemos ver por que o Mashiach Yeshua pode responder ao Sumo Sacerdote, o fato é simples, ele havia sido nomeado pelo governador romano anterior a Pilatos, portanto, sua autoridade não era de orígem divina, mas sim política.

Caifás fora, no contexto do Novo Testamento, o Sumo Sacerdote judaico entre 18 e 37 d.C, apontado pelos romanos para o cargo. De acordo com alguns trechos do Novo Testamento, Caifás participou do julgamento de Jesus no Sinédrio, supremo tribunal dos judeus, após a prisão deste no Jardim de Getsêmani.

Tanto os evangelhos de Mateus e João mencionam Caifás como participante de destaque neste julgamento de Jesus organizado pelo Sinédrio; por ser um sumo sacerdote, ele também ocupava a posição de chefe da corte suprema. De acordo com os evangelhos Jesus foi preso pela guarda do Templo de Jerusalém, e foi levado diante de Caifás e outros, por quem foi acusado de blasfêmia. Após considerá-lo culpado, o Sinédrio entregou-o ao governador romano Pôncio Pilatos, por quem Jesus também foi acusado de sedição contra Roma.

Mateus e João dizem à respeito em seus evangelhos:
No Evangelho de Mateus - julgamento de Jesus: No Evangelho segundo Mateus (26:57-26:67) Caifás, juntamente com outros sumos sacerdotes e o Sinédrio da época são retratados interrogando Jesus, procurando por "falsas evidências" com as quais possam incriminar Jesus, porém não conseguem descobri-las. Jesus permanece em silêncio durante o processo, até que Caifás lhe exige que diga se ele é o Cristo. Jesus declara implicitamente que o é, e faz uma alusão ao Filho do Homem, que o sumo sacerdote veria "assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Caifás e os outros homens o acusam de blasfêmia, e ordenam que seja espancado.

No Evangelho de João - relações com os romanos: No Evangelho segundo João (11:46) Caifás considera, juntamente "com os sacerdotes e os fariseus", o que fazer acerca de Jesus, cuja influência está se espalhando. Sua preocupação sugere que temiam que "toda a nação" pereceria, em vez de "um homem", que deveria morrer pelo povo: "Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação".

Em outro trecho (18:13) Jesus é conduzido diante de Anás e Caifás e interrogado, sendo espancado intermitentemente. Em seguida os outros sacerdotes (sem a presença de Caifás) levam Jesus a Pôncio Pilatos, governador romano da Judéia, e insistem pela sua execução. Pilatos instrui os sacerdotes a executarem Jesus eles próprios, ao que respondem não ter autoridade suficiente para fazê-lo. Pilatos interroga então Jesus, e declara: "Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele". Em seguida, oferece aos judeus a escolha de um prisioneiro para ser solto - supostamente uma tradição da Páscoa judaica - e os judeus optaram por um criminoso comum, de nome Barrabás, em vez de Jesus.

Nos Atos dos Apóstolos: Posteriormente, nos Atos dos Apóstolos (4:1), os apóstolos Pedro e João procuraram Anás e Caifás depois de terem curado um homem aleijado. Os sacerdotes questionaram a autoridade dos apóstolos para executar tal milagre; quando Pedro, "cheio do Espírito Santo", respondeu que Jesus Cristo era a fonte de seu poder, Caifás e os outros sacerdotes perceberam que os dois homens, por mais que não tivessem qualquer educação formal, falavam de maneira eloqüente sobre o homem a quem chamavam de salvador. Caifás mandou-os sair do conselho, e entrou em conferência com os outros. Juntamente com Anás, anunciou que as notícias do milagre já haviam se espalhado demais, e que qualquer tentativa de negá-lo seria vã; em vez disso, os sacerdotes deveriam alertar aos apóstolos que não mais mencionassem o nome de Jesus. Os dois, no entanto, ao ouvir esta ordem dos sacerdotes, recusaram-se a obedecê-la, alegando não poder deixar de falar do que tinham visto e ouvido.

Além de tudo, haviam implicações políticas por parte dos caifás. Para os líderes judeus do período, existiam preocupações sérias sobre o domínio dos romanos, e um movimento zelota insurgente, surgido a partir dos sumos sacerdotes do Sinédrio, visava expulsá-los de Israel. Esta mesma liderança judaica via com temor qualquer reformista ou líder religioso que pudesse vir a negar-lhes sua própria legitimidade de governar, ou que incitassem uma rebelião aberta contra a ocupação romana. Os romanos, por sua vez, não aplicavam penas de morte a violações da lei judaica e, portanto, a acusação de blasfêmia não faria qualquer diferença para Pilatos. A posição legal de Caifás foi, então, de estabelecer que Jesus era culpado não só de blasfêmia, mas também de se ter proclamado o messias - que era compreendido como o retorno do rei davídico, ou seja, um ato de sedição, que era punido pelos romanos com a execução. Pilatos inicialmente tencionava que Herodes Antipas lidasse com o assunto, enquanto os zelotas dentro do Sinédrio liderado por Caifás desejavam que uma execução romana galvanizasse a insurgência.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sobre ser teólogo

O teólogo é aquele que estuda teologia que significa o estudo de Deus, conceito criado por filósofos gregos. Porém foi no cristianismo que o assunto se transformou em objeto de estudo, sobretudo das religiões judaico-cristãs. Como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação.


Para ser um teólogo é necessário ter vocação e conhecimentos religiosos, interesse em leitura. O conhecimento de outras línguas também é desejável. Outras características interessantes são:

• boa memória;
• saber utilizar o texto bíblico;
• habilidade para escrever;
• capacidade de organização;
• curiosidade;
• gosto pelo debate;
• gosto pela pesquisa e pelos estudos;
• disciplina;
• senso crítico.

Para ser um teólogo é necessário ter concluído o ensino médio e ter diploma de graduação em curso superior em Teologia. O curso tem duração de quatro anos e sua composição curricular é livre, a critério de cada instituição de ensino, podendo obedecer a diferentes tradições religiosas. Porém, algumas das disciplinas básicas são: Introdução à Filosofia, Antigo Testamento, Novo Testamento, Grego, Hebraico. O profissional que quiser trabalhar em Instituições de ensino o mestrado é obrigatório.
Para poder exercer a profissão é necessário ser portador da carteira de identidade profissional expedida pelo Conselho Regional competente.

O mercado de trabalho para o teólogo está em grande crescimento. O perfil desse profissional atualmente está mudado. Hoje em dia, além dos padres, pastores, também estão no mercado profissionais que concluíram o curso com o interesse em aumentar sua cultura geral e sua cultura religiosa. Além das crescentes oportunidades em igrejas, instituições de ensino, organizações eclesiásticas, ONGs, etc., o teólogo assessora, coordena e dirige atividades em sindicatos, movimentos sociais, escolas, instituições de promoção humana, orfanatos, agremiações partidárias. Recentemente, as corporações (Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Militar) têm realizado concursos e permitido que clérigos protestantes realizem cuidado pastoral de capelania nos quartéis. É uma profissão com grandes oportunidades de trabalho.

Texto retirado de: http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/te%C3%B3logo
Onde se informar mais: http://www.cft.org.br/