Esta matéria é dedicada aos profetas de Israel.
Antes de tudo, será-lhes dada uma breve introdução do profetismo e profetismo bíblico: O primeiro capítulo de Hebreus 1:1-3, quem dizem que no passado, ele dizia sua palavra por meio dos profetas, e hoje em dia, por meio de Jesus Cristo. Isso nos dá uma idéia de que os profetas não são apenas simples sinônimos de videntes e prognosticadores, pois é essa a referência que as pessoas costumam fazer em relação a figura dos profetas.
O profeta não é nescessáriamente um vidente (na verdade, nem todos os profetas bíblicos tinham o dom de prever o futuro), o profeta fala ao seu povo coisas não são obrigatóriamente do futuro, mas fundamentalmente sobre o presente, e assim eram os profetas israelitas.
A terminologia hebraica vai dar uma boa diferenciação:
Nabi - Profeta que fala da parte de Deus para o tempo presente;
Roé - Profeta que fala da parte de Deus para o tempo futuro.
Se notarmos na bíblia, todo profeta era um Nabi, pois falavam para o povo de seu tempo. Pouquíssimos profetas foram um Roé, que dizem a parte de Deus sobre o futuro. O autor de Hebreus deixa claro que os profetas falaram para nossos pais no passado, e não que estão falando hoje. O que eles falaram lá atrás não é mais válido para os dias atuais, não é a palavra divina PARA NÓS.
Os profetas obrigatóriamente falavam para o povo deles na época em que viveram. Se for dar um sinônimo a um profeta, o sinônimo adequado é o de porta-voz de Deus para a geração dele e sob as circunstâncias da época, pois a palavra profética é designada para o presente, sendo urgente e imediata para aqui e agora.
Porém, eles não eram apenas porta-vozes. Abaixo, escrevi mais um exemplo bíblico do que é a figura do profeta:
Isaías 20 fala Deus ter dito para Isaías tirar um pano de saco do corpo e suas sandálhas. Obedesceu e passou a andar nu e descalço, e Deus comparou Isaías ter ficado nu e descalço por três anos com o seu povo (o de Israel) ter confiado nos egípcios e etíopes no lugar dele, e Deus os humilhou radicalmente diante de seu povo, e expos a humilhante cituação do Egito e da Etiópia. Deus colocou seu profeta na condição daqueles que quis humilhar (egípcios e etíopes), e compartilha com o profeta não só sua palavra, mas também seu coração e o coração de quem lhe dará ouvidos. Dá para se notar que Deus põe o profeta na pele do humilhado, do escarnecido, do derrotado, e assim vai. Após passar por isso, Deus pergunta ao profeta se entendeu o que quis dizer e o profeta confirma, e ele diz para seu profeta dizer do que é ser cativo.
[Há outras histórias interessantes sobre profetas, como a de Jeremias e Oséias.]
Deus põe seu profeta na cituação dos oprimidos, das pessoas que Deus está criticando e querendo adverter. Deus compartilha não só sua palavra, mas seu coração também, seus sentimentos, e diz coisas a respeito. O ofício profético não é triunfante nem de vantajoso em questão de status, e sim, de sentir a dor, humilhação e vergonha alheia. Ou seja, os profetas de Deus não foram abençoados para serem profetas, foi muito pelo contrário, eles sentem na pele e no coração o sentimento desagradável alheio.
Deve ser por isso que Jesus Cristo é o mais renomado profeta, pois é de sua natureza saber sentir e entender o sofrimento alheio.
Para terminar, quando o profeta diz sua palavra, ele não diz para uma platleiazinha de 10 ou 20 pessoas, ele diz para o povo, clamando a lição que Deus lhe ensinou para as pessoas.
[Matéria inspirada no aúdio de "A história de Deus e o Deus da História - Profetas Ontem e Hoje", de Ed René Kivitz]
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