Um símbolo que antes era um sinal de crueldade e autoridade opressiva agora é tido como um emblema de salvação. Esta postagem contara as raízes da crucificação.
Servia para comunicar horror, como se ela falasse aos que testemunhavam “nem tente me desafiar. Se fizer o contrário, o mesmo vai acontecer contigo”. Era o símbolo do poder romano, mas o cristianismo a transformou em símbolo de redenção.
Mais antes de tudo, o que era a crucificação? A resposta é: O modo mais cruel que os opressores romanos tinham de lhe dar com quem se voltasse ao Império. Era uma forma cruel de matar a pessoa, lentamente e bastante dolorosamente; expondo-a por dias a humilhação, sofrimento, etc.
Sua história remonta ao antigo império Assírio. Dario I, rei da Pérsia, também foi reconhecido por usar esta técnica, acabando com uma rebelião popular na Babilônia. Deu exemplo aos rebeldes, os crucificando, para que qualquer um que fizesse o mesmo acabasse da mesma forma. Alexandre, o Grande, fez o povo de Tiro ter punição similar. No século X a.C., a crucificação havia se tornado um meio comum de punição no mundo mediterrâneo e no Oriente Médio.
Porém, o crédito da crucificação fica para os romanos [para alguns historiadores, eles são os pioneiros da verdadeira crucificação]. Não a criaram, mas fez adaptações, dando forma a crucificação que vemos em filmes. Os romanos fizeram dois tipos de cruz: Uma em forma de tau (uma letra grega), e a outra em forma de “T” minúsculo.
Constantino aboliu a crucificação como meio de execução, sendo que a cruz tornou-se um símbolo positivo pela primeira vez (deve ter sido nesta época que os cristãos começaram a usar a cruz como símbolo de sua fé, pois antes usavam o ictos).
A crucificação voltou a ser usada séculos mais tarde, porém, no Japão feudal. Cristãos japoneses eram crucificados simplesmente por serem cristãos, pois o imperador temia que isso diminuísse o poder de seu regime. O método de crucificação lá tinha um pequeno acréscimo: Um samurai com uma lança ficava em cada lado do condenado, e ao ser dado o sinal, lançavam as lanças para cima, no torço da vítima. A morte era rápida, quase que imediata.
O médico francês Pierre Barbet, que nos anos 30 fez experimentos de crucificação em cadáveres, para tentar reproduzir uma crucificação autêntica.
Na nossa era ela também foi usada, na Segunda Guerra, como meio de os nazistas torturarem prisioneiros de origem judaica. Algumas das vítimas nesse caso eram amarradas com os braços virados para trás e os pés livres, inovando cruelmente este meio terrível de tortura. Ou seja, até mesmo hoje em dia a cruz pode ser usada para intimidar, como no Sudão, que é usada como meio de executar na pena de morte; ou a Ku Klux Klan, que usa cruzes incendiadas como meio de intimidação racial.
É comum na arte cristã ter retratos de Jesus tendo cada pé crucificado individualmente. O detalhe é que os artistas nunca tinham testemunhado uma crucificação, e este fato dos quadros aludem um pequeno descanso para os pés de Jesus. Os historiadores não encontram evidências de que cada pé era crucificado individualmente.
Abaixo está a primeira parte de um documentário do History Channel, que fala sobre a crucificação.
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