terça-feira, 28 de setembro de 2010

Apologética católica perante a Escritura

Por que tanta controvérsia? Por que a Igreja Católica oficialmente elevou esses livros ao nível de Escrituras mais de 1500 anos depois da morte de Jesus? Como devemos enxergar esses livros hoje? O nosso propósito é de entender a verdade revelada por Deus e aplicá-la em nossas vidas. Para isso, devemos abordar questões como essas com equilíbrio e justiça.

Todos admitem que a controvérsia, pelo menos da época da Reforma Protestante até hoje, envolve questões doutrinárias, especialmente a doutrina católica de Purgatório. Os católicos citam 2 Macabeus 12 para defender a idéia de purgatório. Neste capítulo, Judas mandou enterrar os corpos de soldados judeus que morreram numa batalha. Foram descobertos nos corpos objetos dedicados a ídolos, assim deixando claro que esses homens morreram no seu pecado de idolatria. Judas e seus homens fizeram uma coleta para oferecer um sacrifício pelo pecado dos mortos, e rezaram (oraram) que estes “fossem libertados do pecado”.

Observando esse argumento...
• O livro de 2 Macabeus não alega ser inspirado, e não apresenta nenhuma revelação de Deus autorizando tal sacrifício e oração.
• Mesmo se esse ato de Judas tivesse a autorização de Deus, ainda não seria motivo para praticar tal coisa hoje em dia. Judas era judeu e viveu na época da Lei de Moisés. Nós vivemos sob o Novo Testamento. É o sacrifício de Jesus, não o de animais, que nos traz perdão hoje (Hebreus 10:10-12). É o arrependimento por parte do próprio pecador que Deus exige hoje (Atos 17:30). Depois da morte, vem o juízo (Hebreus 9:27). O Novo Testamento não fala de purgatório, nem de orações pelos pecados dos mortos, nem de pagar pelos próprios pecados para entrar no céu. A nossa salvação depende do sacrifício e da graça de Jesus.
• O caso de 2 Macabeus 12 apresenta um problema grave para os católicos. Ironicamente, esse exemplo de sacrifício e orações pelos pecados dos mortos não se encaixa bem na doutrina católica. A idolatria sempre é apresentada nas Escrituras como um dos mais graves de pecados, chamada de abominação diante de Deus. Se os soldados de 2 Macabeus 12 morreram sem confessar um pecado mortal, o que adianta fazer sacrifício e “rezar” pelos pecados deles? Será que um dos livros oficialmente aceitos pelo Concílio de Trento contradiz a doutrina do mesmo concílio, que exige a confissão dos pecados graves a um sacerdote?
• Se livros como 2 Macabeus fizessem parte do Antigo Testamento, apresentariam problema também em relação à Lei dada através de Moisés, que exigia sacrifícios feitos pelo próprio pecador. De fato, um dos critérios usados pelos judeus da época para julgar esses livros foi a própria Lei. Rejeitavam livros que contradiziam a Lei já revelada.

Fonte: Estudos da bíblia . net

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