sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

שנה טובה

O tema da postagem é um desejo de feliz ano novo em hebraico, que tem haver com o tema dessa última postagem de 2010.

O Rosh Hashaná (ראש השנה , literalmente "cabeça do ano") nome dado ao ano-novo no judaísmo. Dentro da tradição rabínica, o Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tishrei, sétimo mês no calendário hebraico.

É um dia de descanço; a passagem de um ano para o outro; um dia merecedor de ser comemorado. Levítico 23:24 diz a respeito: "Diga também aos israelitas: No primeiro dia do sétimo mês vocês terão um dia de descanso, uma reunião sagrada, celebrada com toques de trombeta."
Já a literatura rabínica diz que foi neste dia que Adão e Eva foram criados e neste mesmo dia incorreram em erro ao tomar da árvore da ciência do bem e do mal. Também teria sido neste dia que Caim teria matado seu irmão Abel. Por isto considera-se este dia como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de instrospecção e meditação de dez dias ( Yamim Noraim) que culminará no Yom Kipur, um período no qual se crê que o Criador julga os homens.

Nós, seguidores do calendário gregoriano, estamos terminando 2010 e indo começar 2011. Os judeus farão isso em setembro do nosso calendário, entretanto, terminando o ano de 5771 e começando o ano de 5772.

Feliz ano novo, leitores! Janeiro virei cheio de gás para postar matérias interessantes!

Santiago Matamouros

O apóstolo Tiago, filho de Zebedeu (conhecido também como Tiago Maior) torna-se um santo no catolicismo [também na igreja ortodoxa e anglicana], conhecido popularmente como São Tiago ou Santiago de Compostela.

Uma alcunha bastante interessante que ele teve como santo é a de "Santiago Mata-Mouros".

De acordo com outras tradições, Santiago teria aparecido miraculosamente em vários combates travados em Espanha durante a Reconquista [episódio da história portuguesa e espanhola qual ambos Portugual e Espanhal guerrearam para expulsar os muçulmanos da Península Ibérica] - Batalha de Clavijo, em 844 - sendo a partir de então apelidado de Matamoros (Mata-Mouros). "Santiago y cierra España" foi desde então o grito de guerra dos exércitos espanhóis. Santiago foi também protetor do exército Português até à crise de 1383-1385, altura em que o seu brado foi substituído, oficialmente, pelo de São Jorge. Na prática os soldados portugueses continuaram a invocar Santiago nos seus combates, tal como facilmente se pode verificar, por exemplo, lendo as descrições das Decadas da Ásia, de João de Barros.

Miguel de Cervantes registrou em Don Quixote de la Mancha que, Santiago Mata-Mouros é um dos mais valorosos santos e cavaleiros que o mundo alguma vez teve; foi dado a Espanha por Deus, como seu patrono e para sua protecção. Vale lembrar que até hoje este santo é o considerado patrono da Espanha.
Se tornou um ícone religioso importante pros espanhóis devido ao fato de começar à ser celebrado na Reconquista, que foi uma época crucial para a formação da Espanha como país.


Urim e Tumim


Eram um par de pedras que os antigos israelitas usavam para adivinhação. A proibição de Deus para com o uso da adivinhação era claro, entretanto, o uso do urim e tumim era a única forma de divinação qual era permitida. Entretanto, seu uso era apenas para prever questões relativas ao futuro de Israel (Assim como confirma Êxodo 28:30, que diz o seguinte: "Ponha também o Urim e o Tumim no peitoral das decisões, para que estejam sobre o coração de Arão sempre que ele entrar na presença do Senhor. Assim, Arão levará sempre sobre o coração, na presença do Senhor, os meios para tomar decisões em Israel.")

De acordo com a visão judaica, o Urim e Tumim remonta ao Sumo Sacerdote de Israel. A placa peitoral que utilizava era dobrada ao meio, formando um bolso onde ficava um pergaminho contendo o nome de Deus. Este nome fazia com que certas letras gravadas sobre as pedras preciosas acendessem de acordo com as questões perguntadas. Aquele que desejava uma resposta (apenas questões de relevância dentro da comunidade israelita poderiam ser perguntadas) ia ao sumo sacerdote . Este virava-se para a arca da aliança, e o inquiridor de pé atrás do Sumo-Sacerdote fazia a pergunta em voz baixa. O sumo sacerdote, olhando para as letras que se acendiam, era inspirado para decifrar a resposta de Deus. Estes utensílios foram utilizados até a destruição do Primeiro Templo [o de Salomão], quando pararam de funcionar.

Geralmente os cristãos crêem que Urim e Tumim fossem duas pedras colocadas no peitoral do Sumo Sacerdote de Israel, contendo em uma face resposta positiva e em outro resposta negativa. Fazendo-se a pergunta, jogavam-se as pedras, e de acordo com os lados que caissem era confirmado uma resposta negativa, positiva ou sem resultados.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias crê que Urim e Tumim sejam duas pedras presas em um arco de ouro , o qual o profeta Joseph Smith Jr utilizou para decifrar e traduzir o texto do Livro de Mórmon.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Significado do Natal


O natal é comemorado como sendo aniversário de Jesus Cristo de Nazaré, e é uma das celebrações mais importantes para os cristãos. É comemorado anualmente, n odia 25 de dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro). Entretando, essa data não é de fato aniversário de Cristo, sendo escolhida para corresponder com o solstício de inverno [do hemisfério norte]. O solstício de inverno era celebrado pelos pagãos [de fato, vários elementos natalinos possuem influências pagãs] , e a "mudança" do aniversário de Jesus para esse dia foi para que os pagãos não ficassem tão "chocados" com a conversão, se adaptando mais fácil ao cristianismo, fazendo com que dias que celebravam ainda fossem comemorados.





Entretanto, comemorar o natal nesta época do ano é algo antigo na tradição da nossa cultura, remontando a época da Roma cristã.

À figura mitológica do Papai Noel, o bom velhinho que presenteia as crianças, é inspirada numa pessoa que realmente existiu, o santo Nicolau de Mira.
Entretanto, o Papai Noel "nasceu" na Finlândia. Umas das afirmações de sua figura ter se originado lá é a lenda dele morar no Pólo Norte, e o extremo norte finlandês é parte do Pólo Norte. O Papai Noel entrar nas casas pelas chaminés também, pois os antigos lapões viviam em pequenas tendas, semelhantes a iglus, que eram cobertas com pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.
Seu atual visual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo, tendo, em vez do gorro vermelho, uma mitra episcopal.
É amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável por criar o atual visual do Papai Noel ou Pai Natal (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), mas é historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha foi o cartunista alemão Thomas Nast.
As árvores de natal tem uma origem interessante ... Nas vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam pinheiros, levavam para seus lares e os enfeitavam de forma muito semelhante ao que faz nas atuais árvores de Natal.
No início do século XVIII, o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com essa crença pagã que havia na Turíngia, para onde fora como missionário. Com um machado cortou um pinheiro sagrado que os locais adoravam no alto de um monte. Como teve insucesso na erradicação da crença, decidiu associar o formato triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia aí a Árvore de Natal.
Há outras versões, porém, a moderna árvore de natal teria realmente surgido na Alemanha entre os século XVI e XVIII. Não se sabe exatamente em qual cidade ela tenha surgido. Durante o século XIX a prática foi levada para outros países europeus e para os Estados Unidos. Apenas no século XX essa tradição chegou à América Latina.
A véspera de natal se comemora no dia 24 de dezembro, que é um dia normal que antecede o dia mais importante dos que acreditam em Jesus Cristo. Apesar disso, muitas pessoas celebram as suas ceias de Natal neste dia.
A Igreja Católica adota as antigas tradições de considerar a véspera de uma festa como o momento mais importante da celebração. Isso porque, nas antigas tradições, o novo dia começava com o por do sol, ou seja, a noite da véspera já era o dia da festa. Por isso a Vigília do Natal tem a missa mais solene deste período.
É uma das festas mais comemoradas do mundo, e mesmo muitos países não-cristãos o comemoram. Além de tudo, é uma das épocas mais movimentadas para a economia.
Holy Office deseja à todos um feliz natal!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Identidade

O que te faz ser você? Seu RG? Carteira de habilitação, motorista, de trabalho? Se você perder um documento você perde sua identidade? Se alguém roubar a sua identidade [a material, um documento], você deixa de ser você? Acredito que a verdadeira identidade de uma pessoa não consiste em tais informações. Números de identificação, sejam dados pelo governo ou por instituições financeiras, não determinam quem somos. São, na verdade, apenas uma maneira impessoal de distinguir uma pessoa de outra. O que é exatamente que me identifica?

É o meu nome? São informações históricas distintas como a data do meu nascimento ou a minha idade? Muitas vezes nos identificamos nos referindo a relacionamentos pessoais e dados particulares.

Por exemplo, você saberia que eu conto a verdade e que a minha palavra é tão boa quanto um juramento (Efésios 4:25). Você entenderia que eu não roubaria nada de ninguém (Efésios 4:28).Você esperaria que eu levasse as minhas responsabilidades familiares a sério (Efésios 5:25, 6:2,4). Você esperaria que minha linguagem estivesse livre de profanidade e piadas vulgares (Efésios 5:4). Você procuraria boas obras na minha vida (Efésios 2:10).

Um ladrão pode pegar minha habilitação ou RG na tentativa de “assumir a minha identidade” e invadir meus bens financeiros. Fofoqueiros podem roubar minha boa reputação ao contar mentiras sobre a minha conduta e podem até afetar os meus relacionamentos com as pessoas. No entanto, meu caráter e minha personalidade determinam quem sou, a minha identidade, e não estão sujeitos a roubo. Posso entregar o meu bom caráter ao mudar meu estilo de vida, mas ninguém pode “roubá-lo” de mim.

O mundo tenta roubar sua identidade de várias formas, a modelar, te fazer ser o que você não é ou o que querem que seja.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O direito sacerdotal dos Caifás


Creio que uma das figuras mais polêmicas do Novo Testamento é a do Sumo Sacerdote Caifás, neste resumo abaixo poderemos ver por que o Mashiach Yeshua pode responder ao Sumo Sacerdote, o fato é simples, ele havia sido nomeado pelo governador romano anterior a Pilatos, portanto, sua autoridade não era de orígem divina, mas sim política.

Caifás fora, no contexto do Novo Testamento, o Sumo Sacerdote judaico entre 18 e 37 d.C, apontado pelos romanos para o cargo. De acordo com alguns trechos do Novo Testamento, Caifás participou do julgamento de Jesus no Sinédrio, supremo tribunal dos judeus, após a prisão deste no Jardim de Getsêmani.

Tanto os evangelhos de Mateus e João mencionam Caifás como participante de destaque neste julgamento de Jesus organizado pelo Sinédrio; por ser um sumo sacerdote, ele também ocupava a posição de chefe da corte suprema. De acordo com os evangelhos Jesus foi preso pela guarda do Templo de Jerusalém, e foi levado diante de Caifás e outros, por quem foi acusado de blasfêmia. Após considerá-lo culpado, o Sinédrio entregou-o ao governador romano Pôncio Pilatos, por quem Jesus também foi acusado de sedição contra Roma.

Mateus e João dizem à respeito em seus evangelhos:
No Evangelho de Mateus - julgamento de Jesus: No Evangelho segundo Mateus (26:57-26:67) Caifás, juntamente com outros sumos sacerdotes e o Sinédrio da época são retratados interrogando Jesus, procurando por "falsas evidências" com as quais possam incriminar Jesus, porém não conseguem descobri-las. Jesus permanece em silêncio durante o processo, até que Caifás lhe exige que diga se ele é o Cristo. Jesus declara implicitamente que o é, e faz uma alusão ao Filho do Homem, que o sumo sacerdote veria "assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Caifás e os outros homens o acusam de blasfêmia, e ordenam que seja espancado.

No Evangelho de João - relações com os romanos: No Evangelho segundo João (11:46) Caifás considera, juntamente "com os sacerdotes e os fariseus", o que fazer acerca de Jesus, cuja influência está se espalhando. Sua preocupação sugere que temiam que "toda a nação" pereceria, em vez de "um homem", que deveria morrer pelo povo: "Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação".

Em outro trecho (18:13) Jesus é conduzido diante de Anás e Caifás e interrogado, sendo espancado intermitentemente. Em seguida os outros sacerdotes (sem a presença de Caifás) levam Jesus a Pôncio Pilatos, governador romano da Judéia, e insistem pela sua execução. Pilatos instrui os sacerdotes a executarem Jesus eles próprios, ao que respondem não ter autoridade suficiente para fazê-lo. Pilatos interroga então Jesus, e declara: "Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele". Em seguida, oferece aos judeus a escolha de um prisioneiro para ser solto - supostamente uma tradição da Páscoa judaica - e os judeus optaram por um criminoso comum, de nome Barrabás, em vez de Jesus.

Nos Atos dos Apóstolos: Posteriormente, nos Atos dos Apóstolos (4:1), os apóstolos Pedro e João procuraram Anás e Caifás depois de terem curado um homem aleijado. Os sacerdotes questionaram a autoridade dos apóstolos para executar tal milagre; quando Pedro, "cheio do Espírito Santo", respondeu que Jesus Cristo era a fonte de seu poder, Caifás e os outros sacerdotes perceberam que os dois homens, por mais que não tivessem qualquer educação formal, falavam de maneira eloqüente sobre o homem a quem chamavam de salvador. Caifás mandou-os sair do conselho, e entrou em conferência com os outros. Juntamente com Anás, anunciou que as notícias do milagre já haviam se espalhado demais, e que qualquer tentativa de negá-lo seria vã; em vez disso, os sacerdotes deveriam alertar aos apóstolos que não mais mencionassem o nome de Jesus. Os dois, no entanto, ao ouvir esta ordem dos sacerdotes, recusaram-se a obedecê-la, alegando não poder deixar de falar do que tinham visto e ouvido.

Além de tudo, haviam implicações políticas por parte dos caifás. Para os líderes judeus do período, existiam preocupações sérias sobre o domínio dos romanos, e um movimento zelota insurgente, surgido a partir dos sumos sacerdotes do Sinédrio, visava expulsá-los de Israel. Esta mesma liderança judaica via com temor qualquer reformista ou líder religioso que pudesse vir a negar-lhes sua própria legitimidade de governar, ou que incitassem uma rebelião aberta contra a ocupação romana. Os romanos, por sua vez, não aplicavam penas de morte a violações da lei judaica e, portanto, a acusação de blasfêmia não faria qualquer diferença para Pilatos. A posição legal de Caifás foi, então, de estabelecer que Jesus era culpado não só de blasfêmia, mas também de se ter proclamado o messias - que era compreendido como o retorno do rei davídico, ou seja, um ato de sedição, que era punido pelos romanos com a execução. Pilatos inicialmente tencionava que Herodes Antipas lidasse com o assunto, enquanto os zelotas dentro do Sinédrio liderado por Caifás desejavam que uma execução romana galvanizasse a insurgência.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sobre ser teólogo

O teólogo é aquele que estuda teologia que significa o estudo de Deus, conceito criado por filósofos gregos. Porém foi no cristianismo que o assunto se transformou em objeto de estudo, sobretudo das religiões judaico-cristãs. Como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação.


Para ser um teólogo é necessário ter vocação e conhecimentos religiosos, interesse em leitura. O conhecimento de outras línguas também é desejável. Outras características interessantes são:

• boa memória;
• saber utilizar o texto bíblico;
• habilidade para escrever;
• capacidade de organização;
• curiosidade;
• gosto pelo debate;
• gosto pela pesquisa e pelos estudos;
• disciplina;
• senso crítico.

Para ser um teólogo é necessário ter concluído o ensino médio e ter diploma de graduação em curso superior em Teologia. O curso tem duração de quatro anos e sua composição curricular é livre, a critério de cada instituição de ensino, podendo obedecer a diferentes tradições religiosas. Porém, algumas das disciplinas básicas são: Introdução à Filosofia, Antigo Testamento, Novo Testamento, Grego, Hebraico. O profissional que quiser trabalhar em Instituições de ensino o mestrado é obrigatório.
Para poder exercer a profissão é necessário ser portador da carteira de identidade profissional expedida pelo Conselho Regional competente.

O mercado de trabalho para o teólogo está em grande crescimento. O perfil desse profissional atualmente está mudado. Hoje em dia, além dos padres, pastores, também estão no mercado profissionais que concluíram o curso com o interesse em aumentar sua cultura geral e sua cultura religiosa. Além das crescentes oportunidades em igrejas, instituições de ensino, organizações eclesiásticas, ONGs, etc., o teólogo assessora, coordena e dirige atividades em sindicatos, movimentos sociais, escolas, instituições de promoção humana, orfanatos, agremiações partidárias. Recentemente, as corporações (Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Militar) têm realizado concursos e permitido que clérigos protestantes realizem cuidado pastoral de capelania nos quartéis. É uma profissão com grandes oportunidades de trabalho.

Texto retirado de: http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/te%C3%B3logo
Onde se informar mais: http://www.cft.org.br/

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Anglicanismo no Brasil

A igreja anglicana é uma denominação cristã, uma das centrais das denominações protestantes (além dos calvinistas, luteranos, anabatistas, metodistas, evangélicos, adventistas e pentecostais). Se citua centralizada na Inglaterra, tendo inclusive a monarquia inglesa como os seus legítimos líderes.

Essa matéria mostrará a história do anglicanismo no Brasil, pelo fato dos anglicanos terem sido os pioneiros do protestantismo no Brasil e na América do Sul.

A presença dessa denominação cristã no Brasil se deu na época da radicação da corte portuguesa na cidade do Rio de Janeiro (entre 1808 a 1821). Com o Tratado de Comércio e Navegação de 1810 entre Portugal e Inglaterra, permitiu-se a construção de igrejas de denominações protestantes, desde que os templos tivessem a aparência de uma residência comum, sem torres ou sinos, e não buscassem a conversão de cristãos católicos brasileiros.

Desta forma, o primeiro templo construído por protestantes no Brasil foi da Igreja Anglicana, considerado também o primeiro na América do Sul, na cidade do Rio de Janeiro. Antes da liberdade de culto aprovada pelo poder régio, os anglicanos residentes no Brasil reuniam-se em residências e navios ingleses para realizarem seus cultos. As primeiras capelanias ficaram subordinadas diretamente à Igreja da Inglaterra, e atendiam somente súditos ingleses. Foram construídas capelas em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belém e Recife.

sábado, 4 de dezembro de 2010

O Pai Nosso

Essa é praticamente uma das orações mais populares dos cristãos.

O curioso é que ela não é invensão das Igrejas cristãs, pois já está presente na bíblia. Há uma secção dela no sermão da montanha e outra em Lucas 11:2-4.

A oração do Pai Nosso, em si, completa é:


"Pai Nosso que estais no Céu,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.
Amém."



Agora, analizemos o Pai Nosso...

1)"Pai nosso, que estás no céu": Junto as duas primeiras palavras—Pai nosso—são um título usado em outro lugar no Novo Testamento, bem como na literatura judaica. Refere-se à Deus Pai. Isso também implica na proximidade entre a natureza pessoal da relação entre Deus Pai e essa oração, como um pai e uma criança, como ensinado por Jesus em cada um dos seus quatro evangelhos.

2)"santificado seja o teu Nome": Expressa a vontade de que a vontade de Deus e o Reino aconteçam. No judaísmo o nome de Deus é de importância extrema, e honrar o nome é central à piedade. Os nomes não são vistos simplesmente como rótulos, mas como reflexões verdadeiras da natureza e identidade do qual eles se referem. Assim, a oração que santifica-se o nome de Deus era tida como equivalente a santificar o próprio Deus. "Santificado seja" está na voz passiva por isso não indica quem é que está santificando. Uma interpretação é que há uma chamada à todos os crentes para honrar o nome de Deus. Quem ver a oração primariamente como escatológica concebe a oração ser uma expressão de desejo pelo fim dos tempos, quando o nome de Deus, na visão destes relata a oração, será universalmente honrado.

3)"venha o teu Reino": O pedido para que o Reino de Deus venha é geralmente interpretado como uma referência à crença, comum na época, que a figura do Messias traria o Reino de Deus. Tradicionalmente, a vinda do Reino de Deus é visto como um dom divino recebido na oração, e não uma conquista humana. Esta ideia é muitas vezes contestada por grupos que acreditam que o Reino virá pelas mãos dos fiéis que trabalharam por um mundo melhor.

4)"seja feita tua vontade na terra, como no céu.": A oração seguinte, com uma expressão de esperança que seja feita a vontade de Deus. Alguns vêem a expressão da esperança como um anexo, declarando um pedido para que a terra esteja sob comando divino diretamente e manifestadamente. Outros veem isso como um convite às pessoas para se submeter a Deus e à seus ensinamentos.

5)"O pão nosso de cada dia dá-nos hoje": O colher das boas obras sejam dadas aos que louvam à Deus. É um pedido do fiel pela glória e graça de Deus na vida dele.

6)"perdoai as nossas ofensas" até "mas livrai-nos do Mal.": As duas primeiras estrofes dessa parte é o pedido de perdão pelos pecados, fazendo a comparação do perdão que o cristão exerce para com os que os fazem mal. A outra implora para que sejam afastados da influência maligna, das tentações que a vida profana oferece.

7)"Amém.": É o encerramento da oração. Significa algo do tipo "que assim seja", como se fosse dito resumidamente "Que assim seja a sua vontade".

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Salmo 23

É um trecho da bíblia bem popular pelos seus somente seis versículos de motivação por fé.
Sua autoria é atribuída ao rei Daví. Segundo a tradição judaica, ele estava de noite num oásis, cercado por tropas de um rei inimigo, daí o salmo inseriu tamanha confiança na providência divina contra os inimigos. Na tradição católica, o Salmo 23 é rezado para afastar perigos e perseguições, sendo uma das orações mais importantes.

Seus seis versículos são:

"O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.
Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas;
Restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver."


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Razão e fé são inimigas?


A fé e a razão são como água e óleo, não se misturam. Partidários da fé, como Santo Agostinho (em dizer que a"Fé precede razão") e Martinho Lutero (em dizer que "A Razão deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da fé. Quem quiser ser um cristão deve arrancar os olhos de sua razão"); apoiando que a busca da verdade do ser humano deve se encontrar em entender deus.
Partidários da razão, como vários filósofos, acreditam na busca pelo conhecimento e são convictos que o caminho para a verdade se encontra em valores do pensar e da experiência empírica.


• Darei um exemplo da fé querendo prevalecer sobre a razão: A Idade Média em si. A fé deveria prevalecer, qualquer um que buscasse a verdade pela razão era tido como imoral, um herege (que consequentemente o fazia ser considerado um criminoso). A verdade era Deus, a fé, a total intrega espiritual para que você fosse salvo.


• Agora, um exemplo histórico, agora da razão querendo prevalecer a fé: A Revolução Francesa. Um dos alvos dos revolucionários era o clero [assim como a nobreza], e assim atacar a religião em si. Impulsionados pelo iluminismo e a pregando os ideais da liberdade, igualdade e verdade, acabou nascendo assim na França revolucionária o Culto à Razão. Nela, o centro da crendiçe humana deveria ser substituido pelo antropocentrismo, e a busca racional.
Outro protesto ao teísmo direto foi o Culto ao Ser Supremo, proposto por Maximilien Robespierre (o principal revolucionário). Ele era deísta, ou seja, acreditava num deus sem ter credos particularizados. Esse ser supremo era a Deusa da Razão, uma personificação alegórica da iluminação da mente humana.


A escolástica, filosofia originária da Baixa Idade Média, propunha uma relação diplomática entre fé e razão. A fé é a verdade absoluta, e a razão é um privilégio qual dotamos para melhorarmos como seres profanos.

Amor divino

O Deus da cristandade [e também, dos judeus e muçulmanos] é um deus de amor (1 João 4:8), e a natureza do amor é a paciência e tolerância (1 Coríntios 13:4). Javé, o deus cristão, é assim; o amor dele pela sua Criação resulta no livre-arbítrio, que tem tanto como consequência o bem e o mal.

Assim como Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do seu próprio nome: "Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar" (Isaías 48:9). Se Deus tivesse praticado a justiça na hora, a primeira vez que Israel pecou, ele nunca teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós através do descendente de Abraão (Gênesis 12:3). No Novo Testamento, Paulo usa a palavra longanimidade para descrever essa demora em castigar. Ele diz em Romanos 9:22-24: "Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?"A justiça aplicada sem longanimidade teria resultado na condenação de todos, até de nós! Deus temporariamente poupou um povo para salvar muitos outros.

Deus seria perfeitamente justo se ele castigasse o pecador na hora, mas ele escolhe ser paciente. A longanimidade de Deus é vista nos dias de Noé, dando tempo para os homens se arrependerem (1 Pedro 3:20). Na época de Neemias, o povo reconheceu que Deus tinha sido muito paciente com seus antepassados (Neemias 9:29-30). Podemos ver esta mesma longanimidade em nossas vidas. Se Deus castigasse cada pessoa no momento do seu primeiro pecado, o que teria acontecido conosco. Eu não estaria vivo para escrever Deus seria perfeitamente justo se ele castigasse o pecador na hora, mas ele escolhe ser paciente. A longanimidade de Deus é vista nos dias de Noé, dando tempo para os homens se arrependerem (1 Pedro 3:20). Na época de Neemias, o povo reconheceu que Deus tinha sido muito paciente com seus antepassados (Neemias 9:29-30). Podemos ver esta mesma longanimidade em nossas vidas. Se Deus castigasse cada pessoa no momento do seu primeiro pecado, o que teria acontecido conosco. Eu não estaria vivo para escrever este artigo, e quem estaria aqui na terra para lê-lo?este artigo, e quem estaria aqui na terra para lê-lo?

O propósito de Deus em mostrar a paciência é de nos conduzir ao arrependimento. "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" (Romanos 2:4). No intervalo entre o pecado e a cobrança, precisa haver arrependimento. Se o pecador não aproveitar sua oportunidade para se converter, a paciência de Deus não tem valor nenhum. As pessoas que continuam no pecado, não se arrependendo enquanto há esperança, se conduzem à perdição. Salmo 7:12-13 diz: "Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas."

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Xiitas e Sunitas

Essa postagem vai tratar de um assunto interessante e bastante exclarecedor para quando vemos os casos de terrorismo no Oriente Médio: Dualismo do islã.

Como sabemos, o islã possui duas correntes: Os sunitas, que pregam a separação de religião e política. A outra são dos xiitas, que passam a idéia de que os fundamentos muçulmanos devem intervir no Estado, defendendo assim uma teocracia.

Os xiitas possuem como líder o Imã (ou Imame), e atribuem a liderança religiosa à descendência do profeta Maomé.
Os sunitas tem os Califas, e defendem que a liderança do islã deve ser por direito dos quatro califas, que eram originalmente companheiros de Maomé [são os "apóstolos" de Maomé], e estes o sucedem.

O que são os santos?


É uma palavra comum para os cristãos, porém, o significado dessa palavra se torna disperso.

Para a Igreja Católica, Ortodoxa e Anglicana, pessoas virtuosas que tem seu lugar no Paraíso "certificado". Nesse sentido da palavra, o título de santo deve ser condecorado para a pessoa (como se fosse uma honraria). O santo no sentido dessas três denominações cristãs é alguém que era um beato, e foi canonizada, ou seja, recebeu o estatuto de santo. [No caso da Igreja Católica, o processo de canonização é algo bastante complicado e sério, podendo ser executado ou não apenas pela Santa Sé.]

No sentido protestante da palavra, santo é simplesmente qualquer cristão. Essa visão indica que todo cristão é um santo. Esse sentido também se apresenta aprovável desde a cristandade primitiva.

Pedro disse em 1 Pedro 1:16 "Sede santos porque eu sou santo". Mas a idéia não é nada nova. Deus indicou logo no início que ele esperava que as pessoas de todas as idades fossem santas, desde a época do Gênesis. O sábio Rei Salomão escreveu, "Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias." (Eclesiastes 7:29).

Vitalidade da Fé

Antes de tudo, é bom estar aqui novamente!

Falarei de um versículo interessante, Tiago 2:26, que nele diz "Porque assim como o corpo sem espírito está morto, assim também é a fé sem obras é morta."

Um corpo desalmado é morto, essa é a comparação que o apóstolo Tiago faz com o crente que nada faz.
Ter fé apenas não basta. Não adianta alguém orar para curar um ente querido de cancêr e ficar sentado esperando; tem que ir atrás, fazer alguma coisa à respeito [ir pro hospital também ajuda neste caso]. Não adianta se inconformar com a pobreza num lugar da sua cidade e ficar se lamentando calado; ajude, fale, tome uma atitude (positiva, lógico).

Analisando mais religiosamente, fé é crer naquilo que não vemos e não podemos provar e ter total convicção em sua existência (assim como está em Hebreus 11:1). Não adianta ter apenas fé, isso não faz alguém ser salvo. Se tem fé, tem que fazer pról das obras.

domingo, 14 de novembro de 2010

Aviso aos leitores!

Estou chegando em semana de provas no meu colégio, ou seja, não vou poder me dedicar muito ao blog neste período (por isso andei postando MUITO pouco!)

Voltarei à postar depois do dia 26 de novembro, voltando à todo vapor!

sábado, 6 de novembro de 2010

Cosmologia vicentina

Falarei sobre um erro teológico na reconhecida obra do dramaturgo português Gil Vicente, sua trilogia dos Autos da Barca do Inferno, Barca do Purgatório e Barca da Glória [aos que não sabem, auto é um subgênero dramático, tendo a moral em ênfase em seu texto e personagens alegóricas].

Nessa peça, a alma quando morre é julgada pelo Diabo e um anjo do Senhor. A forma qual as personagens são julgadas é algo maravilhosamente engraçado ... São pelos seus atos dentro da profissão que a pessoa exercia em vida. [Se fosse assim, desempregado viraria alma penada ou virava imortal]

Um julgamento dentro de uma profissão seria muito fácil para alguém ser salvo (ou não!), como uma prostituta por exemplo que passaria a ir pro Céu só "porque fez homens se sentirem satisfeitos e contentes".

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Maiores ensaios da história cristã

A bíblia, de fato, é o mais importante livro da cristandade. Mesmo assim, ao longo da história cristã, vários ensaios e obras de renomados pensadores cristãos constribuiram na interpretação da teologia cristã e, de suas mensagens.


Santo Agostinho com sua autobiografia, uma obra entitulada Confissões, narrando sua conversão ao cristianismo e sua visão teológica. Outra obra renomada deste santo é A Cidade de Deus, que discute os assuntos que apaixonam e torturam o espírito humano num cenário bastante contemporâneo para a época que foi escrito;
Suma Teológica do também santo Tomás de Aquino. É considerada por muitos a principal obra que retrata o pensamento da escolástica, onde Tomás expõe seu horizonte teológico, qual fez os cristãos a perceberem o livre-arbítrio desde a igreja primitiva;
• A tradução da bíblia do latim para o inglês por John Wycliffe, primeiro homem a desafiar o monopólio da bíblia latina, propondo que a bíblia tem que ser traduzida para os idiomas das nações que as lêem. Sua bíblia ficou conhecida como Bíblia de Wycliff, escrita em inglês médio;
• A notória crítica às doutrinas do catolicismo presentes nas 95 Teses de Martinho Lutero.
João Calvino com as Institutas da Religião Cristã, onde estabelece muito de sua visão na doutrina mais tarde conhecida como calvinismo. É um ensaio qual Calvino retrata os preceitos das Igrejas Reformadas;
• Para terminar, uma obra que, por séculos, pesou na consciência religiosa da Inglaterra protestante. Essa obra é O Livro dos Mártires, que narra o sofrimento de cristãos que intencionavam pregar o evangelho da forma justa e correta e que morreram por esta causa, seja nos tempos do politeísmo romano ou pela Inquisição. Foi escrita pelo puritano John Foxe.


Outras obras também podem ser citadas, como o Livro de Oração Comum (do anglicano Thomas Cranmer), De servo arbitrio (do católico Erasmo de Roterdão), Bíblia do rei James, entre outras.

sábado, 23 de outubro de 2010

Destruição de Sodoma e Gomorra

Muitos já devem conhecer a história da destruição de Sodoma e Gomorra, correto? A bíblia diz que as duas cidades foram destruídas por serem cidades com população pecaminosa, certo? Mas que pecado era este?

A bíblia não deixa evidente qual comportamento imoral dos habitantes dessas duas cidades provocou a ira de Deus. Em Gênesis 18 e 19 diz que anjos disfarçados de mortais visitam Ló, e enquanto estão na casa dele, homens de Sodoma querem manter relações sexuais com eles. Isso dá para entender que o pecado dessas duas cidades era a homossexualidade.

Outra análise mais simples é a de que os habitantes de lá eram rudes com os estrangeiros, não eram hospitaleiros. Quando os estrangeiros foram visitar Ló, a bíblia diz que os sodomistas os trataram mal (Sodoma e Gomorra não eram muito hospitaleiras, e um grande valor bíblia é a hospitalidade).

O fim dessas duas cidades foi ser golpeada em cheio com fogo e enxofre. Parece estranho, mas vários pesquisadores analisaram essa parte, a compreendendo com uma chuva de meteoros [que faz muito mais sentido do que chover fogo e enxofre, não é?]

Abaixo, um documentário do Discovery que fala sobre indícios arqueológicos dessas duas cidades.



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Os outros evangelhos

Os evangelhos são livros originados da época do cristianismo primitivo e sua formação, que narram à vinda terrena de Jesus Cristo, com a finalidade de preservar seus ensinamentos e revelar aspectos da natureza de Deus. Para a maioria dos cristãos, existem apenas quatro evangelhos canônicos: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Porém, pesquisas no ramo da arqueologia bíblica mostram que há outros evangelhos além destes. A questão agora é... Como, quem e por que apenas esses quatro foram aderidos à bíblia como se conhece?

A formação dos evangelhos surgiu apenas três séculos depois de Cristo vir a terra. O homem que determinou o conteúdo da bíblia tinha interesses políticos, o imperador romano Constantino, com o propósito de controlar essa nova religião em seu império que estava se desmantelando.

Na época, o cristianismo era uma religião muito mal organizada. Repleta de igrejas e seitas com crenças diversas e usando livros diversos. Constantino pretendia mudar isso. Ao convocar o Concílio de Nicéia para organizar a cristandade, para discutir e oficializar a formação de um cristianismo formal.

Suas intenções em aceitar a prática desta religião em Roma é o fato dela ter sido algo cada vez mais crescente em seu império, que estava se destruindo lentamente. Com a oficialização (e também, organização) dela, Constantino acreditava que haveria unidade em seu império.

Ao organizar a parte dos evangelhos, escolheu os evangelhos que considerou apropriado para sua religião de estado. Apesar do Concílio de Nicéia não ter decidido oficialmente o conteúdo da bíblia cristã, Constantino deixou claro quais evangelhos Constantino considerou aceitáveis. Seria apenas questão de tempo os seus evangelhos escolhidos passarem a serem aceitos na cabeça do povo!

Sob o reinado de Teodósio, os evangelhos que tivessem fora da bíblia foram considerados a partir de então heréticos.

Abaixo está a primeira parte de um documentário do Discovery Channel que fala a respeito:

Por que "Testamento"?

A bíblia, como sabemos, se divide em duas partes: Velho Testamento e Novo Testamento. Já devem ter se perguntando "Mais por que testamento?", não é?

O significado casual para esta palavra é: Testamento é a manifestação de última vontade pelo qual um indíviduo dispõe, para depois da morte, em todo ou uma parte de seus bens. Devido ao fato desta livre manifestação de vontade gerar efeitos jurídicos, o testamento é considerado um negócio jurídico.

A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith, que significa aliança.

Mas no contexto da divisão bíblica, a palavra testamento é tido como um sinônimo para "aliança", ou palavras de significado equivalente, como pacto, convênio ou contrato.
O Velho Testamento é sinônimo da Velha Aliança, que é a palavra de Deus para as pessoas até a chegada de Cristo. Era a aliança onde haviam danças para o louvar, sacrifícios animais no tabernáculo, dieta bem detalhada, pena de morte, do dízimo, caça aos feitiçeiros, etc.
O Novo Testamento é a Nova Aliança, palavra de Deus para a humanidade através de Jesus Cristo e os ensinamentos que o mesmo passou aos seus apóstolos. É a aliança de perdoar o próximo, orar para ser perdoado, é o "paz e amor" da bíblia.

Os tradutores da septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e diatheke tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromisso unilateral).

As respectivas expressões "Velho Testamento" e "Novo Testamento" passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança.

A velha aliança tem como Moisés como intermédio de Deus para com a humanidade, como podemos ver nos oito primeiros versículos de Êxodo 24.
No livro de Mateus, quando Jesus ordena seus apóstolos a beberem o que está nos cálices (Mateus 26:27), pois o que tinha nos cálices era seu sangue, o sangue da nova aliança (Mateus 26:28).
Hebreus 8:13 diz claramente que a nova aliança está em contrapartida com a velha, sendo que a velha aliança agora seria ultrapassada pela nova.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A conspiração da pólvora

A conspiração da pólvora foi um ocorrido da história inglesa que teve como objetivo de cometer um regicídio (assassinato à uma autoridade política) ao rei protestante Jaime I da Inglaterra e todos os membros do parlamento durante uma sessão que aconteceu em 1605, cujo objetivo era iniciar um levante católico.

O conspirador mais notável e reconhecido foi Guy Fawkes, responsável por guardar os barris de pólvora que seriam utilizados para explodir o parlamento inglês durante a sessão.

O objetivo deles [os conspiradores católicos] era explodir o parlamento inglês durante uma sessão na qual estaria presente o rei e todos os parlamentares utilizando trinta e seis barris de pólvora estocados sob o prédio do parlamento. Guy Fawkes como especialista em explosivos seria responsável pela detonação da pólvora.

Os conspiradores estavam irritados com o rei Jaime, que não concedia direitos iguais a católicos e protestantes. A conspiração começaria quando a filha de nove anos de Jaime I, princesa Elizabeth, seria declarada chefe de estado católica, e foi planejada em maio de 1604, por Robert Catesby. Os outros conspiradores eram Thomas Winter , Robert Winter, Christopher Wright, Thomas Percy, John Wright, Ambrose Rokewood, Robert Keyes, Sir Everard Digby, Francis Tresham, e o criado de Catesby, Thomas Bates. O responsável pelos explosivos era um especialista em explosivos, chamado Guy Fawkes, que fora apresentado a Catesby por Hugh Owen. Os detalhes sobre a conspiração foram contados ao principal jesuíta da Inglaterra, Henry Garnet, com a permissão de Robert Catesby, por Oswald Tesimond, outro jesuíta. Apesar da oposição de Garnet, a conspiração foi adiante, e Garnet foi sentenciado a decapitação, afogamento e esquartejamento, por traição.
Em março de 1605, a terra abaixo da casa dos lordes foi preenchida com 36 barris de pólvora, contendo 1800 libras de material explosivo. Como os conspiradores notaram que o ato poderia levar a morte de diversos inocentes e defensores da causa católica, enviaram avisos para que alguns deles mantivessem distância do parlamento no dia do ataque. Para infelicidade dos conspiradores um dos avisos chegou aos ouvidos do rei, o qual ordenou uma revista no prédio do parlamento. Assim acabaram encontrando Guy Fawkes guardando a pólvora. Ele foi preso e torturado, revelando o nome dos outros conspiradores. No final foi condenado a morrer na forca, por traição e tentativa de assassinato. Os outros participantes revelados por Guy Fawkes acabaram também sendo executados. Ainda nos dias de hoje o rei ou rainha vai até o parlamento apenas uma vez ao ano para uma sessão especial, sendo mantida a tradição de se revistar os subterrâneos do prédio antes desta sessão.

Popularmente foi criada uma rima popular, aludindo este episódio histórico (a rima está abaixo, completa e traduzida):
"Lembrai, lembrai do 5 de novembro
A polvora, a traição e o ardil
Não sei de uma razão para a traição da pólvora
Seja algum dia esquecida
Guy Fawkes, Guy Fawkes, esta era sua intenção
Explodir o rei e o Parlamento
Três montes de barris de polvora abaixo
Para derrubar a pobre Inglaterra
Pela providencia divina foi capturado
Com uma laterna escura e um fósforo
Halloa boys, Halloa boys, façam os sinos tocar
Halloa boys, Halloa boys, Deus salve o Rei
Hip hip Horray
Uma migalha de pão para alimentar o Papa.
Uma fatia de queijo para sufocar ele.
Uma taça de cerveja para lava-lo.
Um feixe de varas para queimá-lo.
Queime-o em um banho de alcatrão.
Queime-o como uma estrela brilhante.
Queimar o seu corpo a partir de sua cabeça.
Então, vamos dizer o Papa está morto.
Hip hip hoorah!
Hip hip hoorah hoorah!"

Um ladrão arrependido...

Esse é Dimas, um dos dois homens que com Cristo foram crucificados juntos.

Não se sabe muito sobre sua história, apenas que foi crucificado no mesmo momento que Jesus Cristo. Tornou-se uma figura exemplar para os que se arrependem de seus pecados, pois Dimas se arrependeu de ter vivido como um ladrão, e pede perdão. [A crucificação de Jesus descrita no livro de Lucas menciona sobre Dimas]
Ele e o outro ladrão acompanharam Cristo na morte. Foram as primeiras almas humanas a regressarem no Paraíso, pois até então as pessoas boas não iam para lá, e iam para um lugar chamado de Seio de Abraão.
Sua história simboliza muito (teologicamente) o perdão absoluto de Deus, mesmo que seja nos últimos suspiros da vida da pessoa. A mensagem de Dimas dá aos cristãos esperança, e que ela pode ser obtida mesmo que à beira da morte.
Inclusive gostaria de fazer referência a um trecho da música "Vida Loka II" dos Racionais, que fazem uma referência ao Dimas:
Aos 45 do segundo arrependido/ salvo e perdoado/ é Dimas, o bandido
É loko o bagulho/ Arrepia na hora/ Ó/ DIMAS, primeiro vida loka da história

Missões dos Apóstolos

Quando Cristo disse que seus apóstolos pregassem sua palavra pelo mundo, cada um deles foi para lugares específicos. Citarei eles abaixo [ou apenas alguns, os que conseguir achar nas minhas pesquisas]:

Pedro: Foi pregar o evangelho em Roma;
André: Pregou nas regiões que formam o atual leste europeu e nas regiões que são as atuais Grécia e Turquia;
Tomé: Síria e, segundo algumas tradições, também foi pregar na Índia;
Filipe: Pregou na Palestina, Ásia Menor, leste da Síria e Frígia (que fica na parte centro-oeste da atual Turquia);
Mateus: Foi na Etiópia e Pérsia (atual Irã);
Bartolomeu: Armênia, Etiópia e sul da Arábia;
Tiago, filho de Alfeu: Ministrou na Síria;
Simão, o Zelote: Apenas na Pérsia;
Judas Tadeu: Foi na Armênia;
João: Pregou em Éfeso e no seu exílio na ilha de Patmos;
Paulo: Pregou em Damasco;
Marcos: Ministrou no Egito.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ações por interesses

"Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.
Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros." - Filipenses 2:3-4

Isso nos ensina muito sobre nós mesmos, sobre a essência do por que fazemos o bem para algo ou alguém e seus motivos.
Sim, uma pessoa deve ser uma pessoa de bem, mas ela não precisa ficar exagerando fazendo coisas do tipo doar um terço do seu sangue ou ficas metade de seu dia em creches e asílos. Fazer essas coisas são atos filantrópicos, ações solidárias, mais mesmo assim isso não torna uma pessoa corretamente boa, a não ser que ela as faça por boa vontade.
Solidariedade não é só uma virtude, é também uma arte. Quando a faz, o bem que vem para você é algo que deve ser visto com menor importância, o bem lá deve ser dirigido ao próximo.

O versículo seguinte diz que as pessoas não devem cuidar somente de seus próprios interesses, mais também dos interesses alheios, mútuos.
Isso eu não noto muito nas pessoas, pois elas se preocupam apenas com os próprios fins e melhorar sua própria vida. Vá se preocupar com a reforma agrária, o aquecimento global, em ser democrático, com sua convivência domiciliar! Não com sua imagem, com o carrão, curtir o feriado e ter mil histórias para contar!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Monarcas bíblicos

Abaixo, uma lista dos monarcas históricos mais conhecidos (apenas alguns) citados na bíblia:

Seti I: Faraó da época em que Moisés nasceu.

Xerxes I: Xá (título dado aos monarcas persas), veterano da Batalha das Termópilas. Foi um grandioso rei na história persa.

Nabucodonosor II: Rei babilônico.

Dário I: Xá persa. Foi um grande conquistador persa. Na bíblia, seu reinado é registrado inicialmente a partir de Daniel 6. É pai de Xerxes I.

Saul: Um dos reis dos judeus, pai de Davi. Foi conhecido por ter sido contrário a vontade divina. Se matou no monte Gilboa. Primeiro rei dos anos de união entre Israel e Judá. Seu reinado é marcado pela sua unção pelo profeta Samuel.

Davi: É praticamente um dos personagens mais famosos da bíblia. Filho de Saul, herói na vitória dos hebreus contra os filisteus e algoz do gigante Golias. Esposo de Betsabá e pai de Salomão. Conhecido como o “Homem segundo o coração de Deus”.

Salomão: Conhecido como o mais sábio e próspero rei que Israel já teve. Último rei dos anos que Israel e Judá foram um reino unido.

Jeoaquim: Monarca de Judá, contemporâneo de Nabucodonosor II e do profeta Daniel e do início de seu cativeiro na Babilônia.

Nabonido: Rei da Babilônia, o penúltimo. O mesmo rei que pretendeu cremar Hananias, Misael e Azarias (amigos de Daniel).

Belsazar: Primogênito de Nabonido. Converteu-se ao Deus de Israel logo após Daniel sair vivo de uma jaula de leões. Seu reinado foi destronado pela invasão e conquista persa.

Herodes: Rei da Judéia (na época, sob ocupação romana), reinando de sua época até o quarto ano da era cristã, qual morre. Quando soube que o novo e verdadeiro rei dos judeus, o Messias, estava para nascer, Herodes ordenou que todas as crianças com até dois anos de idade fossem mortas. Jesus só sobreviveu pois sua família se refugiou no Egito.

As Pragas do Egito

Na tradição judaico-cristã, as dez pragas do Egito foram pragas enviadas por Javé [ou Jeová, conhecido popularmente como Deus]. Deus havia enviado as pragas por intermédio de Moisés, jogando-as sobre o faraó e os egípcios. As pragas foram enviadas para que os hebreus fossem libertos de seus quatrocentos anos de escravidão e se reconhecessem a unicidade de Deus.

A pessach, a páscoa judáica, comemora justamente isso: O êxodo israelita do Egito, qual os judeus se libertaram de sua servirtude.

As dez pragras foram, em ordem cronológica: Águas em sangue (a ciência justifica isso com um fenômeno conhecido como maré vermelha), rãs, piolhos, moscas, animais doentes, sarna que rebentava em úlcera, saraiva em chamas, gafanhotos, trevas e morte dos primogênitos (todos os que fossem egípcios, desde os primogênitos dos animais até o primogênito do faraó).

A partir de Êxodo 7:17 até 12:12 ocorrem as pragas.

Os hebreus tiveram que passar sangue de seus animais sacrificados nas laterais das vigas superiores das portas de suas casas (Êxodo 12:3-7) , para que Deus soubesse que estes estariam livrados da pior de todas as pragas, a morte aos primogênitos (Êxodo 12:13).

Êxodo 12:17 diz "Celebrem a festa dos pães sem fermento, porque foi nesse mesmo dia que eu tirei os exércitos de vocês do Egito. Celebrem esse dia como decreto perpétuo por todas as suas gerações.", qual justifica a comemoração da páscoa judáica, qual é celebrada a retirada hebraica das terras egípcias.

Abaixo, as primeiras partes de dois documentários do National Geographic Channel, qual falam das dez pragas.






terça-feira, 28 de setembro de 2010

Apologética católica perante a Escritura

Por que tanta controvérsia? Por que a Igreja Católica oficialmente elevou esses livros ao nível de Escrituras mais de 1500 anos depois da morte de Jesus? Como devemos enxergar esses livros hoje? O nosso propósito é de entender a verdade revelada por Deus e aplicá-la em nossas vidas. Para isso, devemos abordar questões como essas com equilíbrio e justiça.

Todos admitem que a controvérsia, pelo menos da época da Reforma Protestante até hoje, envolve questões doutrinárias, especialmente a doutrina católica de Purgatório. Os católicos citam 2 Macabeus 12 para defender a idéia de purgatório. Neste capítulo, Judas mandou enterrar os corpos de soldados judeus que morreram numa batalha. Foram descobertos nos corpos objetos dedicados a ídolos, assim deixando claro que esses homens morreram no seu pecado de idolatria. Judas e seus homens fizeram uma coleta para oferecer um sacrifício pelo pecado dos mortos, e rezaram (oraram) que estes “fossem libertados do pecado”.

Observando esse argumento...
• O livro de 2 Macabeus não alega ser inspirado, e não apresenta nenhuma revelação de Deus autorizando tal sacrifício e oração.
• Mesmo se esse ato de Judas tivesse a autorização de Deus, ainda não seria motivo para praticar tal coisa hoje em dia. Judas era judeu e viveu na época da Lei de Moisés. Nós vivemos sob o Novo Testamento. É o sacrifício de Jesus, não o de animais, que nos traz perdão hoje (Hebreus 10:10-12). É o arrependimento por parte do próprio pecador que Deus exige hoje (Atos 17:30). Depois da morte, vem o juízo (Hebreus 9:27). O Novo Testamento não fala de purgatório, nem de orações pelos pecados dos mortos, nem de pagar pelos próprios pecados para entrar no céu. A nossa salvação depende do sacrifício e da graça de Jesus.
• O caso de 2 Macabeus 12 apresenta um problema grave para os católicos. Ironicamente, esse exemplo de sacrifício e orações pelos pecados dos mortos não se encaixa bem na doutrina católica. A idolatria sempre é apresentada nas Escrituras como um dos mais graves de pecados, chamada de abominação diante de Deus. Se os soldados de 2 Macabeus 12 morreram sem confessar um pecado mortal, o que adianta fazer sacrifício e “rezar” pelos pecados deles? Será que um dos livros oficialmente aceitos pelo Concílio de Trento contradiz a doutrina do mesmo concílio, que exige a confissão dos pecados graves a um sacerdote?
• Se livros como 2 Macabeus fizessem parte do Antigo Testamento, apresentariam problema também em relação à Lei dada através de Moisés, que exigia sacrifícios feitos pelo próprio pecador. De fato, um dos critérios usados pelos judeus da época para julgar esses livros foi a própria Lei. Rejeitavam livros que contradiziam a Lei já revelada.

Fonte: Estudos da bíblia . net

Bíblia Católica: Composta de livros extras

Se comparar uma bíblia católica com outras bíblias, perceberá muitas semelhanças. Basicamente tudo que se encontra em outras bíblias está nas bíblias católicas. Mas, há diferenças:

• As bíblicas católicas contêm sete livros no Antigo Testamento que não se encontram em outras bíblias (chamadas por alguns de “bíblias protestantes” ou “bíblias de crentes”).
• Alguns livros (Ester e Daniel) nas bíblias católicas contêm trechos que não se encontram em outras Bíblias.
• Os nomes de alguns livros são diferentes.
• Algumas divisões de capítulos e versículos são diferentes. Não precisamos nos preocupar com esses últimos dois itens, mas, por que diferenças de conteúdo, até de livros inteiros?

Porém, há uma história que justifica como há essa diferença.

Tanto católicos como protestantes têm apresentado argumentos fracos ou inválidos para responder a essa pergunta. Alguns católicos afirmam que Martinho Lutero removeu esses livros e trechos da Bíblia sem base nenhuma. Seria mais acurado dizer que ele não aceitou sete livros que nunca foram considerados iguais aos outros, e que tinha motivos históricos para isso. Sugerem que Jesus e os apóstolos, ao citar a versão grega do Antigo Testamento, automaticamente aprovaram esses livros extras. Tal afirmação vai além das evidências. Por outro lado, alguns não-católicos fazem alegações exageradas, dando a impressão que esses livros apareceram do nada 1.500 anos depois de Cristo, no concílio de Trento. Afirmam, às vezes, que Jesus e os apóstolos jamais citaram os livros questionáveis. Seria melhor dizer que não há citação exata, nem que mencione o nome de um desses livros, mas não pode negar que vários trechos do Novo Testamento têm paralelos nos livros chamados deuterocanônicos (pelos católicos) ou apócrifos (pelos que adotaram a palavra usada por Martinho Lutero). Um dos exemplos mais nítidos é Tiago 1:19 (“Vocês já sabem, meus queridos irmãos: cada um seja pronto para ouvir, mas lento para falar, e lento para ficar com raiva”) comparado a Eclesiastico 5:11 (“Esteja pronto para ouvir e lento para dar a resposta”).

De onde esses livros vieram? Os tradutores católicos Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin respondem:

Para entender isso é preciso conhecer um pouco a história do texto do Antigo Testamento. Ele, inicialmente, só existia em hebraico. Quando os judeus se espalharam pelo mundo, sentiram necessidade de traduzi-lo para uma língua mais universal naquela época: o grego. Acontece que no Antigo Testamento traduzido foram colocados alguns livros que não estavam na bíblia hebraica e que eram mais recentes.... Os protestantes consideram como Palavra de Deus só os livros do Antigo Testamento que fazem parte da bíblia hebraica, enquanto que a Igreja católica considera também alguns que foram acrescentados na tradução grega feita pelos judeus. Essa é a diferença entre a bíblia católica e a protestante. O Novo Testamento é igualzinho. Portanto, se você tem uma bíblia protestante não precisa rasgá-la ou queimá-la. Basta você estar ciente que faltam esses livros, que você poderá ler numa bíblia católica.

Como devemos enxergar estas diferenças?

• A diferença não é apenas uma briga do Século XVI (entre Martinho Lutero e o Concílio de Trento), mas certamente chegou a seu auge na época da Reforma Protestante. Quando Lutero adotou apenas os livros do Antigo Testamento que aparecem nas Escrituras hebraicas e chamou os outros de “apócrifos” (livros não inspirados por Deus), a Igreja Católica reagiu com uma declaração do Concílio de Trento (em 1546), oficialmente incluíndo na Bíblia esses livros que chamaram de “deuterocanônico” (que vem depois do cânone, ou seja, depois do “conjunto dos livros considerados de inspiração divina” - Houaiss). Devemos observar que Lutero traduziu os livros que considerava apócrifos, mas separados dos livros que julgava inspirados;
• O fato de um livro não ser citado por nome no Novo Testamento não prova, por si só, que o mesmo não seja canônico;
• A diferença não é meramente um desacordo entre católicos e protestantes;
• Os católicos tendem a basear a sua fé na autoridade da Igreja Católica, a suposta fonte da bíblia;
• Os autores inspirados do Novo Testamento, porém, afirmaram que as Escrituras foram entregues à igreja;
• Embora houvesse discussões durante os séculos posteriores sobre a autenticidade de alguns livros, as Escrituras já existiam e eram reconhecidas no primeiro século;
• Os livros acrescentados na LXX e, posteriormente, nas bíblias católicas, não são da mesma qualidade dos livros aceitos geralmente no Velho Testamento.;
• Citações no Novo Testamento da versão grega (LXX) não são afirmações da autenticidade de todos os livros incluídos nela;
• Citações depois do Novo Testamento, também, não servem como provas da inspiração desses livros;
• A própria Igreja Católica sempre considerava esses livros diferentes, e demorou para oficialmente incluí-los no seu catálogo de livros bíblicos.

Fonte: Estudos da bíblia . net

sábado, 25 de setembro de 2010

Interpretando as Escrituras

Diferente das várias mitologias, os assuntos narrados na bíblia são geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos (de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e locais narrados na bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma.

A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos, tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos bíblicos. Entre as dicas principais do estudo bíblico:

• O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente;
• Deve-se buscar a intenção do escritor;
• A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes;
• O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como as contribuições dadas pela geografia, arqueologia, antropologia, cronologia, biologia, etc.

O primeiro ícone, os versículos devem ser interpretado no contexto em que fazem parte, nunca individualmente. O segundo ícone já envolve um pouco de narratologia, pois diz deve-se buscar a intencionalidade do autor do livro em estudo. O terceiro ícone exige certo conhecimento das línguas originais quais foram escritas a bíblia (o Velho Testamento em hebraico e umas partes de seus livros em aramaico, e o Novo Testamento em grego). O quarto e último ícone requer muitas coisas, pois nunca se sabe o que se pode usar, como conhecimento histórico ou geográfico, a mentalidade do povo da época em que o livro foi escrito, entre outros.

Formação dos versículos

O idealizador da divisão da estrutura textual bíblica nos versículos foi Gregório, quando traduziu a bíblia hebráica (tanach) para o grego koíne (comum) [o Velho Testamento em grego é chamado de Septuaginta]. Até então, não haviam versículos, era tudo em uma linha só, assim como num livro comum que encontramos por aí.

Desde então, os capítulos possuem os versículos (assim como os livros possuem capítulos. É uma divisão analógica), que define-se como um parágrafo curto, com o qual pode-se subdividir o capítulo de um livro sagrado. [Que é o caso da bíblia, e do alcorão também]

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Figura do Purgatório

Já devem ter ouvido falar bem do Purgatório, certo? Então, segundo a doutrina católica, é para onde os justos vão após morrer. Eles passam "um tempo" lá antes de regressarem eternamente no Paraíso, sendo que eles "se purificam" antes de ir pro céu

O que é de se surpreender é que o Purgatório não é relatado na bíblia. É como o Limbo, um mero lugar fictício da mentalidade católica de bem antigamente.

Suas raízes se encontram, analisando bem, no judaísmo, na crença de rezar pelos mortos. Essa crença faz parte da estrutura da existência do Purgatório, sendo que "oração dos vivos" ajuda a orientar a alma do morto até a salvação.

Segundo o catecismo católico de John A. Hardon, S.J., a declaração formal da doutrina de purgatório foi feita em 1274, mais de 12 séculos depois da morte de Jesus! Uma vez que a doutrina se tornou oficial, foi necessário procurar algum apoio teológico. Hardon cita três trechos bíblicos para defender a idéia de purgatório. Vamos examinar cada citação:

• 2 Macabeus 12:41-45. Esse trecho descreve os atos de Judas Macabeus depois de uma batalha contra Górgias. Judas e seus homens oraram pelo pecado dos mortos e mandaram que fosse oferecido um sacrifício por eles em Jerusalém. Há dois problemas com o uso desse trecho:
(a) 2 Macabeus é um dos livros contidos na bíblia católica mas rejeitados na maioria de outras bíblias.
(b) O pecado citado no trecho (veja 2 Macabeus 12:40) foi idolatria, considerado o motivo da morte deles. Para usar este trecho para apoiar a doutrina de purgatório seria necessário afirmar que esses homens que alegamente morreram por causa da idolatria não morreram na prática de pecado mortal, pois a Igreja Católica ensina que tais pessoas não teriam acesso ao purgatório.

• Mateus 12:32 diz que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste mundo, nem no mundo que há de vir. Hardon conclui, sem prova nenhuma, que esse versículo sugere que outros pecados serão perdoados após a morte.

• 1 Coríntios 3:13,15 fala de julgamento através de fogo. O fogo serve para provar o valor das obras de cada um. O trecho nada diz sobre um lugar de purificação após a morte.

Sem dizer que, se vermos bem, o Purgatório desvaloriza o sacrifício de Cristo na cruz. Sua agonia e tormenta na crucificação serviu para perdoar a humanidade do pecado, e o Purgatório passa meio que uma idéia de "Dane-se, dá para eu saciar um pouco a carne. Quando eu tiver morrendo eu me arrependo e vou pro Purgatório mesmo".

A bíblia defende um julgamento da alma após a morte (Hebreus 9:27), no qual seremos julgados pelos atos feitos por meio do corpo (2 Coríntios 5:10), e nada diz sobre uma segunda chance após a morte.

Porém, o conceito do Purgatório hoje em dia está oficialmente abolido da fé católica. Ela foi abolida pelo próprio e atual Papa, que é Bento XVI.



A Maldição de Jacques DeMolay


Antes de tudo, Jacques DeMolay é o nome do último grão-mestre que teve na Ordem dos Templários, também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.

Os templários eram enriquecidos e prósperos, tendo inclusive líderes respeitados até mesmo por reis europeus. Em 1305, o rei francês Filipe/Felipe (ou Felipe IV), o Belo, atento ao imenso poder que teria se ele pudesse unir as Ordens dos Templários e Hospitalários, conseguindo um titular controle, procurou agir assim. Sem sucesso em seu arrebatamento de poder, Felipe reconheceu que deveria destruir as ordens, a fim de impedir qualquer aumento de poder do Sumo Pontificado, pois as ordens eram ligadas apenas à Igreja.

A acusação que o Filipe fez contra Jacques e os templários de origem francesa fez com que eles fossem presos, iniciando sete anos de celas úmidas e frias e torturas desumanas e cruéis para DeMolay e seus cavaleiros. Felipe forçou o Papa Clemente V a apoiar a condenação da Ordem, e todas as propriedades e riquezas foram transferidas para outros donos. O rei forçou DeMolay a trair os outros líderes da Ordem e descobrir onde todas as propriedades e os fundos poderiam ser encontrados. Apesar do cavalete e outras torturas, DeMolay recusou-se. Jacques foi cruelmente torturado durante os anos em que ficou encarcerado.

Jacques DeMolay e outros Templários, foram mantidos presos como acusados e não como culpados. Estes anos de torturas, fome e solidão, foram levando o já ancião Grão-Mestre da Ordem dos Templários, à loucura. Após estes sete anos de torturas, o desespero foi tomando conta de suas almas, e DeMolay finalmente confessou que os Templários eram hereges. Após esta "confissão", DeMolay e outros três dignatários da Ordem foram levados a julgamento. Dentre estes, o preceptor da Normandia, Godofredo de Charnay, foi o primeiro a reconhecer e abraçar o velho Grão-Mestre, devolvendo as forças à DeMolay.

Finalmente, em 18 de março de 1314, uma comissão especial, que havia sido nomeada pelo Papa Clemente V, a Inquisição, reuniu-se em Paris para determinar o destino de DeMolay e três de seus preceptores na Ordem: Guy D'Auvergnie, Godofredo de Goneville e Hughes de Pairaud. E qual não foi a surpresa dos bispos e cardeais que compunham a comissão de julgamento ao vê-lo após submetido a inúmeras torturas e já com 72 anos de idade, reunir forças para gritar em alta voz a sua inocência. Entre a evidência que os comissários leram, encontrava-se uma confissão forjada de Jacques DeMolay há seis anos passados.


Os quatro acusados foram levados em uma carroça aberta diante da catedral de Notre Dame. Durante a passagem da carroça, a multidão se juntava, e ouvia-se gritos de acusações, porém a maior parte da população assistia em silêncio.

Ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, quando os sinos da Catedral de Notre Dame tocavam, destaca-se do grupo de carrascos a figura de um homem com um negro capuz. Curva-se e lança o fogo à pilha de lenha que rapidamente se inflama e se converte num manto de chamas impiedosas. Jacques DeMolay e seu companheiro Guy D'Auvergnie foram queimados vivos amarrados em colunas e cercados de troncos embebidos em líquidos inflamáveis, numa pequena ilha do rio Sena - Ilha dos Judeus -, entre os jardins do palácio real e a Igreja dos Irmãos Eremitas.

E neste trágico momento se escuta uma voz, a voz de Jacques DeMolay, que grita intimando aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçoando os descendentes do Rei da França Filipe, o Belo:

" NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!"


No mesmo ano, 1314, morreram Clemente V, Guilherme de Nogaret e Felipe IV.

Filipe, o Belo, sucumbiu a uma apoplexia cerebral em uma zona não motora (segundo documentos e relatos). A afasia do início pode ter sido devido a uma lesão na região da base do crânio. Teve sua recaída mortal por volta de 26 de novembro, vindo a falecer em 29 de novembro de 1314.

Clemente V foi morto em 30 de abril de 1314 em Roquemaure, na Provença, por ingerir esmeraldas reduzidas a pó (para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento), que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos.
Guilherme de Nogaret morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome dos que morreram por suas mãos.

Os executores de Jacques DeMolay: Clemente V (nascido Bertrand de Gouth), Guilherme de Nogaret e Felipe IV, O Belo.

sábado, 18 de setembro de 2010

Dieta hebraica

Na época da Velha Aliança, muitas coisas eram expecíficas. Certo e errado era algo muito mais trabalhoso do que hoje em dia, até mesmo certas coisas não se podiam ser comidas.

Abaixo, as relugamentações alimentares que os judeus usavam antigamente, nos livros de Levítico e Deuteronômio:

O que comer
Levítico 11:3 - Dentre os animais, todo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, e rumina, deles comereis.
Levítico 11:9 - De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis.
Levítico 11:22 - Deles comereis estes: a locusta segundo a sua espécie, o gafanhoto devorador segundo a sua espécie, o grilo segundo a sua espécie, e o gafanhoto segundo a sua espécie.
Deuteronômio 14:3 - Estes são os animais que comereis: o boi, a ovelha, e a cabra.
Deuteronômio 14:4 - O veado e a corça, e o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça, e o gamo.
Deuteronômio 14:11 - Toda a ave limpa comereis.

Não comer
Levítico 11:4 - Destes, porém, não comereis; dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas; o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; esse vos será imundo;
Levítico 11:5 - E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esse vos será imundo;
Levítico 11:6 - E a lebre, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; essa vos será imunda.
Levítico 11:7 - Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo.
Levítico 11:10 - Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação.
Levítico 11:23 - E todos os outros insetos que voam, que têm quatro pés, serão para vós uma abominação.
Levítico 11:41 - Também todo o réptil, que se arrasta sobre a terra, será abominação; não se comerá.
Levítico 11:42 - Tudo o que anda sobre o ventre, e tudo o que anda sobre quatro pés, ou que tem muitos pés, entre todo o réptil que se arrasta sobre a terra, não comereis, porquanto são uma abominação.
Levítico 11:43 - Não vos façais abomináveis, por nenhum réptil que se arrasta, nem neles vos contamineis, para não serdes imundos por eles;
Deuteronômio 14:12 - Porém estas são as que não comereis: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango,
Deuteronômio 14:13 - E o abutre, e o falcão, e o milhafre, segundo a sua espécie.
Deuteronômio 14:14 - E todo o corvo, segundo a sua espécie.
Deuteronômio 14:15 - E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião, segundo a sua espécie.
Deuteronômio 14:16 - E o bufo, e a coruja, e a gralha,
Deuteronômio 14:17 - E o cisne, e o pelicano, e o corvo marinho,
Deuteronômio 14:18 - E a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.
Deuteronômio 14:19 - Também todo o inseto que voa, vos será imundo; não se comerá.
Até os dias de hoje ainda existe uma certa lei alimentar religiosa dentre os judeus. Em Israel, inclusive, existe uma classificação nos produtos alimentícios, sendo certificados da União Ortodoxa (OU, Orthodox Union), o hechsher, certificando os produtos aceitos pelo cashrut, a lei alimentar judáica.
• A classificação nesse sistema se encontra abaixo:
• D: Do inglês Dairy, que significa laticínios;
• M: Do ingês Meat, que significa Carne, incluindo aves;
• Pareve: Comida que não possui derivados tanto de leite quanto de carne;
• Peixes;
• P: Permitido para pessach, a "páscoa judáica" (P não é usado para Pareve)


Os legumes na bíblia não são bem descritos, mas os hebreus eram livres para comer qualquer um que fosse comestível e não fizesse mal. Classificando (e resumindo) os tipos de animais que os hebreus poderiam comer ... Aves limpas, animais marinhos que teham escamas, insetos que não tenham asas e mamíferos de patas fendidas (perrisodáctilos, como chama a ciência).

O islã tem uma lei alimentar também, o halal, mas deixarei para falar dele futuramente.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Consequências do Fruto Proibido


Após Adão e Eva se alimentarem do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (aquela da qual Deus não queria que ambos se alimentassem), várias consequências aconteceram, sendo a primeira a vergonha de estarem despidos:

• Reconhecimento do certo e do errado;
• Necessidade do trabalho, pois até então o ser humano não precisava trabalhar para se sustentar para sobreviver;
• A morte física;
• A dor no parto [para as mulheres, claro];
• Haveria então Deus que começar a restrigir o certo do errado;
• Conhecimento obtivo agora através da experiência.

Wycliffe: O pai do protestantismo


John Wycliffe (ou Wyclif) (1320 — 31 de dezembro 1384) foi professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês, considerado precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI, no famoso episódio histórico da Reforma Protestante.

Como teólogo, logo destacou-se pela firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado, ganhando reputação de patriota e reformista. Wycliffe afirmava que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser, por isso defendia reformas. Suas idéias apontavam a incompatibilidade entre várias normas do clero e os ensinos de Jesus e seus apóstolos.
Uma destas incompatibilidades era a questão das propriedades e da riqueza do clero. Wycliffe queria o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder temporal do papa e dos cardeais. Para ele o Estado deveria tomar posse de todas as propriedades da Igreja e encarregar-se diretamente do sustento do clero.

Apesar de sua crescente popularidade, a Igreja apressou-se em censurar Wycliffe. Em 19 de fevereiro de 1377, Wyclif é intimado a apresentar-se diante do bispo de Londres para explanar-lhe seus ensinamentos. Compareceu acompanhado de vários amigos influentes e quatro monges foram seus advogados. Uma multidão aglomerou-se na igreja para apoiar Wycliffe e houve animosidades com o bispo. Isto irritou ainda mais o clero e os ataques contra Wycliffe se intensificaram, acusando-o de blasfêmia, orgulho e heresia. Enquanto isso, os partidos no Parlamento inglês pareciam convictos de que os monges poderiam ser melhor controlados se fossem aliviados de suas obrigações seculares.

Ao mesmo tempo em que defendia que a Igreja deveria retornar à primitiva pobreza dos tempos apostólicos, Wycliffe também entendia que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder temporal exercido pelo Estado, representado pelo rei.

Os escritos de Wycliffe em seus seis últimos anos incluem contínuos ataques ao papado e à hierarquia eclesiástica da época. Nem sempre foi assim, entretanto. Seus primeiros escritos eram muito mais moderados e, à medida que as relações de Wyclif com a Igreja foram se deteriorando, os ataques cresceram em intensidade.

Na questão relacionada ao cisma da Igreja, com papas reivindicando em Roma e Avignon a liderança da Igreja, Wycliffe entendia que o cristão não precisa de Roma ou Avignon, pois Deus está em toda parte. "Nosso papa é o Cristo", sustentava. Em sua opinião, a Igreja poderia continuar existindo mesmo sem a existência de um líder visível, por outro lado os líderes poderiam surgir naturalmente, desde que vivessem e exemplificassem os ensinamentos de Jesus.

A batalha de Wycliffe contra as ordens monásticas (que ele chamava de "seitas") iniciou-se por volta de 1377 e alongou-se até sua morte. Wycliffe afirmou que o papado imperialista era suportado por estas "seitas", que serviam ao domínio do papa sobre as nações daquele tempo. Wycliffe dizia que a Igreja não necessitava de novas "seitas" e que eram suficientes os ensinos dos três primeiros séculos de existência da Igreja. Defendia que as ordens monásticas não eram suportadas pela Bíblia e deveriam ser abolidas, junto com suas propriedades. O povo então se insurgiu contra os monges e podemos observar os maiores efeitos dessa insurreição na Boêmia, anos mais tarde, com a revolução hussita. Na Inglaterra, entretanto, o resultado não foi o esperado por Wycliffe: as propriedades acabaram nas mãos dos grandes barões feudais.

Wyclif organizou um projeto de tradução das Escrituras, defendendo que a Bíblia deveria ser a base de toda a doutrina da Igreja e a única norma da fé cristã. Sustentava que o papa ou os cardeais não possuíam autoridade para condenar suas teses, pois Cristo é a cabeça da Igreja e não os papas.

Wycliffe acreditava que a Bíblia deveria ser um bem comum de todos os cristãos e precisaria estar disponível para uso cotidiano, na língua nativa das populações.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Origem de duas palavras bem cristãs...

... o "aleluia" e o "amém"!

Aleluia é uma transliteração do hebraico הַלְלוּיָהּ (Halləluya - Lendo-se da direita para a esquerda, como se faz em hebraico) a primeira parte da palavra Hallelu(הַלְּלוּ) significa "Louvem! Adorem!" ou "Elogio"; esta palavra de elogio ou louvor a Deus é utilizada em cultos e orações da maioria dos cristãos. A forma latina aleluia é usada em muitos idiomas tanto por protestantes como por católicos em preferência à forma Hallelujah.

A palavra Hallelujah é usada no Judaísmo como parte das orações de Hallel (um dos nomes de Deus em hebraico). A palavra aleluia aparece 24 vezes no Velho Testamento da Bíblia cristã, que corresponde grosso modo aos conjuntos de livros Tanach (Torah, Neviim e Kethuvim) do Judaísmo. O termo é usado para iniciar e/ou concluir os Salmos (em hebraico תהלים, Tehillim), com exceção do Salmo 135:3. Aleluia aparece junto com a palavra "amém" no Salmo 106:48.


Amém (Hebraico: אָמֵן, Árabe: آمين, ’Āmīn) é a palavra hebraica que indica uma afirmação ou adesão às vezes matizada de desejo, e pela qual terminam muitas orações no cristianismo, no islamismo e no judaísmo. Pode traduzir-se em português, pelas expressões "assim seja", "verdadeiramente", "eu acredito" etc. Tendo também adquirido como o passar do tempo o significado na vulgata popular de concordância de pensamento ou sinônimo de expressão em relação à esperança futura como por ex. "Que assim seja".